04 agosto, 2005

Política brasileira

Os presentes conflitos políticos (representativos) que ocorrem na macro-esfera do Poder refletem significativo esforço dos que possuem o poder representativo, e também dos que conseguiram através da ludibriação, em "repartir o bolo" da riqueza nacional. Ou melhor, e ainda, refletem as poucas intenções para com os que necessitam ser atendidos pelas políticas públicas (como se toda a sociedade não merecesse, entretanto, existem grupos menos insatisfeitos, se tivermos como parâmetro único o aspecto econômico).

Logo, não classifico esta luta de poderes como simples esforço em "cortar o mal pela raiz", ou, "vamos limpar o cenário político" etc. Eu a chamo de luta de partidos políticos embaçados. E ainda possui um agravante (que já era esperado): são dissimulados, porque não assumem a incompetência em legislar (em promover leis).
Se os provedores das leis são incompetentes, o que resta àquele(s) grupo(s) que necessita(m) ser atendido(s) pela política pública? E ainda mais, o que a sociedade civil pode esperar de produtivo para o embasamento de suas ações? Um país mal conceituado? Um Poder Legislativo, definitivamente, incompetente?

Querer defende-lo é injustiça. Injustiça para com os eleitores e eleitoras, fiéis depositários de confiança nesses "políticos das leis". Coloquemos "os pratos sujos" na pia! Quem legislava para o rico latifundiário, para o capitalista, para o rico agricultor, para o rico comerciante, fez uma boa campanha nesses últimos 50 anos. Não só permitiu grandes problemas sociais (dívida externa, dívida interna, roubo e desvios de milhões, bilhões, ou até quantias em trilhões da moeda corrente) como assegurou vagas e cadeiras permanentes no Congresso. E fez muito bem! Eu os parabenizo! Parabenizo porque enganar por muito tempo e brincar de legislador certamente não é para gente de boa fé, até mesmo para um "Zé ninguém", pouco ainda para aqueles que pensam representar a grande massa populacional e, em seu exercício legislativo, sentir-se útil e incorruptível! Jamais indicaria generalizações, mas, que legislador pode ser ingênuo e idealista? (Não digo os que promovem o discurso do progresso e do desenvolvimento. Esses existem aos montes.)

Querem saber! Penso que a Legislatura não é para os corruptos, assim como acredito que a legislar não é para o enganador.

Mais perguntas: o que formamos durante os últimos 50 anos? Falazes? Grandes nomes para a apresentação da representatividade política?

Políticos todos os seres humanos são! A Dona Fulana fala para o Seu Sem-Nome que "todo político é corrupto". Não Dona Fulana! A senhora também é política! O que acontece é que a senhora não pode legislar para si e para a sociedade. A senhora precisa dos superpoderosos "representantes políticos"... mas deveria fiscalizar as ações dos seus representantes... a senhora ainda é agente política.

É claro que a democracia deve abarcar, inclusive, os não democratas. Agora, os dissimulados, aqueles que se utilizam das fragilidades das pessoas, das esperanças (que considero fundamental para os que crêem na "vitória do bem") dos que procuram sobreviver sobre tiros, com poucas roupas no corpo, com comida escassa em casa, os sem tudo, não merecem ouvidos ou coros de proteção. O que merecem? Pergunte a Dona Fulana e ao Seu Sem-Nome, que moram no Brasil.

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