20 setembro, 2007

Abrigo


Poderíamos viver sem abrigo?

Talvez eu pudesse respirar profundamente o ar fresco de uma manhã manhosa pelo sol. Prometer carícias às crianças desamparadas. Reanimá-las com um mínimo afeto.

Sobreviver à ligeireza de uma atividade habitual. Romper o ignorar verdades. Suplantar os pré-conceitos. Reanimar a ternura. Permitir o entendimento. Promover um diálogo harmonioso. Responder ao exercício da responsabilidade e da clareza. Verificar a humanidade. Planejar o verbo... E por que esquecer de relembrar as felicidades?

Contar momentos para as crianças que só vivem o fantástico quando estão dormindo... Desse modo, elas passariam a respeitar a humanidade. Verdade ou mentira. Amor ou ódio. Tanto faz! Depois do meio-dia todo ar é quente em meu abrigo.