23 agosto, 2005

Palavras, palavras e palavras

Em um envelope escrevi um bilhete e entreguei-lhe, juntamente com uma folha contendo palavras de G. G. Marques.
No bilhete?
"Palavras palavras palavras palavras palavras palavras palavras palavras palavras palavras palavras"
Mais Mário Faustino
Romance

Para as Festas da Agonia
Vi-te chegar, como havia
Sonhado já que chegasses:
Vinha teu vulto tão belo
Em teu cavalo amarelo,
Anjo meu, que, se me amasses,
Eu teu cavalo, que amarraras
Ao tronco de minha glória
E pastava-me a memória.
Feno de ouro, gramas raras.
Era tão cálido o peito
Angélico, onde meu leito
Me deixaste então fazer,
Que pude esquecer a cor
Dos olhos da Vida trazer.
Tão celeste foi a Festa,
Tão fino o Anjo, e a Besta
Onde montei tão serena,
Que posso, Damas, dizer-vos
E a vós, Senhores, tão servos
De outra Festa mais terrena –

Não morri de mala sorte,
Morri de amor pela Morte.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já dizia o paisagista Roberto Burle Marx:” é melhor plagiar o belo a inventar o feio”, adorei estas palavras são muito intensas e agora já imprimi já copiei!!!um abraço Dé