11 dezembro, 2009

Devore

O meu pensamento não para de imaginar
inventar maneiras de conquistar o seu corpo
quando me deslumbro com seu jeito
enfim, percebo-o.

Quando lembro do brilho de minha vida
forma tão informal de representar a verdade emocional
desfaço o charme da voluptuosidade
esquecendo cada detalhe da rotina.

Vida antes desenxabida
anteriormente enfraquecida pelo egocentrismo.
Recentemente a vivifico
conforme o vazio de não lhe possuir.

Pertençamos a todos
mas o que eu quero mesmo
é deixar de pertencer somente a mim.

Apareça, vamos!
Apareça sutilmente,
semelhante ao fato feito no inverno.

Estamos em outra estação:
aquela em que o corpo desidrata.

Decida apenas fitar-me
por favor, decida.
o engano é tão bom
gentilmente fortalecido
ansiosamente canibal.

Ah a carne!

Os meus braços já estão fortalecidos
também, os meus dedos
Minha pele se faz alvadia.

Vá lá, vá! Agora não é seu momento
Em breve será um ser
Logo virão a repressão e o encolhimento
censura, apatia
nervosismo, fobia
ansiedade e
quase sempre o distanciamento.

Desejo que em um universo pessoal o auxílio lhe seja farto
e nele a reconstrução
Exclame "sim"!
não tente oportunizar o impossível.

Devore-os, devore-as
Sossegue em meu colo, por fim.