30 julho, 2015

O que é, é.

É, hoje a noite é para se amar. Amar de todo jeito. Várias intensidades. É, hoje a noite é para nos termos em abraços e beijos incansáveis. Demonstrarmos um ao outro quem é que manda em nossos corações: nenhum de nós, individualmente. Pensar como um nó e não dois alinhados.
É, hoje a noite é para recordar o breve histórico de nosso convívio que não inspirou mais planos futuros. Seria hoje que consagraríamos, junto à luz da lua que lá fora brilha, todo o ardor de cada lado esquerdo de nosso peito, entre mordidas no pescoço, declarações perfumadas de interesse e chamego enlouquecedor dado na nuca, puxando os fios do cabelo.
É, hoje a noite promete ficar mais incandescente que os dias mais ensolarados do verão. Hoje, eu sei, que está disposto a enterrar, definitivamente, o mais puro toque que já ofertou a alguém, em troca de uma segurança que você não tem e jamais construirá. É, hoje a noite vai ambientar palavras doadas pela sua boca, tão singelas, mas efêmeras. Hoje, a noite testemunhará o início de seu infortúnio. É o que desejo, profundamente.

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