24 janeiro, 2010

Teu coração

Parecia uma conquista de gente adulta
quase me confundi.
Meus anseios desapareceram
pois sim, devido a ti.
Pareceu-nos uma intimidade
que foi somente nossa.

Soube da verdade
aquela que faltava
sobrava
implicava.

Daquela maneira assim tivera
para nós.

Somente nós pusemos às claras
novidades sem amarras
sorrisos desviados
substancialmente apimentados.

Não! Devoro esta negativa
Não e mais um não!

Meu desejo despertou
desassossegou-se em minha cama
o que tu fizeras antes.

Questionei, dentro de mim, tua emoção.
E a resposta dada
conforme o aperto de mão
o abraço controlado
Afirmou.

Durma mais perto de mim
já em sonhos te tenho.
Sem Picasso,
Niemeyer
sem fim
recomeço
sem dado à identidade
de um bororo, afim.

Deite, deite sim mais perto de mim.
Mais perto daquele coração
que por noites

enfim

amado
o revelou.

Soa, soa desejo
Estilhace o tímpano de um novo humano
Amordace a saudade
Reforce a formalidade
Daquele que me conquistou assim.

Em luto
em fuga.
Basta de ler
onde só poderei rever
os contos vazios do humano.
Conforme unicamente
o gosto do corpo.
Seguindo o ritmo dos passos
e já ausente em letras.

Deu-me como matéria
deu, mesmo sem pensar
pelo descuido voluntário do passar
o coração.

Já não pertenço aos teus sonhos?
Também a vontade que me dera
alcançou o Olimpo.

Chega mundo. Chega!
ignore meus bons costumes.
Chega!
Odiamos o plural.

Perceba sim
pelo gesto de doação
dado por ele.

Para mim
perpetuamente
possuirei.

Revivamos!
Quis me debruçar
refestelei-me
ponto.
Contudo, ó mãe!
A oferta se cumpriu
pelo preço justo.
Conquistarei definitivamente
aquele coração?

Para meu sempre
abrigado.

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