11 maio, 2020

Permissão

Eu perdi aos poucos o controle da minha vida.
Aquele que dizia ser íntimo não condizia com as verdades.
Pouco a pouco se confundiria entre afetos
de se manter toda apreciado.

Eu prometi há poucos dias
que a minha sorte era para o outro lado.
Quem ao menos me percebia
intentava me provocar com desajeitada maestria.

Logo, eu que pertenço a uma incontrolável ironia
desenrolava um fino trato
perguntavam-se o que sentia
entretanto, o peito já maculado.

Ao me ver tão distante
Aquele que se promovia
Descontinuava sua simpatia
Voltando-se contra a minha incompatibilidade.

Já desgastados de um leva e traz de pretensões sem fim
Enxugariam seus intentos ao pé da cama mal arrumado
traziam nenhuma recordação e qualquer fantasia
Mesmo, por fim, ainda inebriados.

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