Hoje vi que morremos mais rapidamente num lugar que amamos, mas que não é possível haver amor. Se há, pessoalmente não percebi. Nem notei! Hoje acompanhei uma noite com brilhos que iluminavam meus olhares e entoavam divertimentos. Mas eu, logo eu que era da noite, já estou morto. Ela se fez fúnebre. Como se estivesse me enterrando na cidade cinza.
Hoje morri mais depressa porque a minha ira não foi contida. Foi incentivada pelo calor incomum. Houve desajuste, implicância, desventura, raiva, descontrole, revanchismo, regateirice, rusticidade, desprimor, inconveniência, ruralidade, aniagem, desmesura, asselvajamento, desamabilidade, despolidez, indecorosidade, insolência, impolidez, incivilidade, indelicadeza, desconsideração e pavor. Justamente porque não quis me ver. Inventou um descuido sobre meu contato. Desfez de minha amizade. Desonrou minha atenção e, quando me escreveu, ousou me culpar. Morremos! Eu já vim morto para cá. Não me interessa saber sobre seu estado já que não quis me atender.
E por que motivo morri mais depressa na cidade cinza? Foi porque a minha mais sincera demonstração de cuidado não foi feita pelo amor.
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