Ontem nos pareceu tão farto. Quase como um glutão que devora
memórias.
Ontem se apresentou tão extenso
quase infinito
dono de um poderio sem virtudes.
Com maquiavélica vontade se apossou de entranhas corporais
expurgou recentes acontecimentos
destronou líderes incorruptíveis
deixou-nos órfãos
fez-me singular e não mais plural.
Ontem
fez de todos nós humanos desafortunados.
Ontem, ah o Ontem!
Com o auxílio do tempo personificado em vontade
legou-nos apenas bons momentos
que
em suas grandezas históricas
desapareceram das intenções.
Ontem
Fez de nós mais comuns que o habitual.
Ontem
eu usei o instante como utilizo de mim mesmo em dúvida
havendo somente uma força que habita em humanos
para não nos esquecermos.
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