Fomos criados para pertencermos a tantas coisas. Não seriam
coisas, mas situações, contudo. Momentos intermináveis em companhias agradáveis
e instantes tão supérfluos ao lado de desconhecidos. O que sempre almejamos,
mesmo para o bel prazer, pela satisfação de sermos notados por alguém
declaradamente próximo, é a incerteza de nos pertencermos e pertencermos aos
outros. Pertencimento não é uma escolha tão fácil e pasmemo-nos: nunca será,
pois as decisões nos desenergizam de maneira quase absoluta. Atribuímos
qualidades desconexas para a natureza humana e sequer pesquisamos o outro
profundamente. Formulamos desenhos, esboços e cálculos para reflexões
infundadas, haja vista que o horizonte da dignidade paira além do natural. Sorrimos
mais para dentro porque ao nosso redor substituímos verdades passadas. Quase verdades,
exclamaríamos. Aguardamos pacienciosamente declarações de pessoas
caracterizadas por suas falas e pouco por suas ações virtuosas. Valemo-nos de
competições e apimentadas conversas acirradas. Testamos a dignidade o tempo
todo: a alheia, provavelmente. Suplicamos desejos que jamais se revelarão. Pretendemos
vontades eternamente idealizadas. Seria a dignidade alheia tão vorazmente
mastigável que não é possível admirá-la, mesmo sabendo, que pelo resto de nossa
existência, inexistirá o retorno? Ao som de Frédéric Chopin, prelúdio em E-Menor,
ópera 28, número 4, encerramos, cônscios de nossas emoções.
Sou humano, sou real e sou vivo. A matéria não me domina, apenas me suporta. Minha essência forma-se a todo momento, assim como um despertar confuso e inseguro. Meu inconsciente realiza-se a favor de outrem. Minha animalidade revela-se quando estou só. A solidão confidencia-me poucas mentiras. Sabes quem eu sou? "Eu sou o que sou!" (O Criador)
17 janeiro, 2014
03 janeiro, 2014
Um sobre mim
Indivíduo mais louco, nunca vi ... Mais irônico, mais sarcástico, mais "Fantástico !"... Nunca vi...
Você mostra as pessoas a realidade, de forma tal que é "como é que se fala isso em português mesmo?"... Impossível dizer a emoção que você faz seus alunos sentirem em suas aulas.
Isso não é coisa de um simples ser humano, é coisa do André ...
Alunos que sempre estarão a te admirar... como a mim... Nunca vi...
Desculpe te tratar como professor, mesmo fora das salas de aula, mas para mim ser professor é como ser um Deus... Deus do conhecimento... E é isso que vejo em você, alguém cujo conhecimento é voltado para fazer com que as pessoas saiam da ignorância...
Entre muitas frases sobre você, quis mostrar o quão importante você é em minha vida... Um muito obrigado, de um alundo eternamente agradecido, por ter me apresentado a melhor coisa existente na vida... a arte do pensar e do saber.
H. S. L.
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