25 junho, 2012

Mais uma noite


Ontem o coração me deu mais uma batida
Talvez com menos proezas
Certo de que vou me iludir mais uma vez.

Todo dia me parece insólito
E já estou acordado para ele
Envolvo-me em vazio.

Eis um suspiro
Dado entre as pequeníssimas graças
Mais humanas, mesmo não podendo me servir.

O passado é demasiadamente sufocante
Porque houve tentações
E as mesmas não se aniquilam.

Os humores são diversificados
A brisa para alimenta-los não passa pelas janelas do meu quarto
Pois bloqueadas estão para acomodarem a escuridão.

Ninguém dá atenção aos pormenores cotidianos
Citadino nenhum percebe o mal em si dentro de um quarto
Ali deve haver sossego e há farsa.

E escurece novamente
As ideias revolucionam o descanso
O anseio me desfaz.